terça-feira, fevereiro 27, 2007

Nomes espirituais a R$ 0,90!




Prezados leitores,

Eis que atravesso uma crise de identidade que muito me faz pensar sobre a facilidade como nos apegamos ao que somos - e ao que queremos que percebam que somos - e a dificuldade de abrir mão de certos valores ideológicos, gostos pessoais, etc. Essa balbúrdia mental me fez lembrar quando anos atrás enveredei pelo Budismo. Assisti a um "workshop" de meditação budista da Escola Theravada, com a venerável monja Ani Zamba, uma inglesa de meia idade que veio à Fortaleza, e não falava absolutamente nada de Português. Foi necessário uma intérprete, mas para surpresa de todos uma incrível conexão se estabeleceu entre a monja e os alunos participantes: quase todos a entendiam antes da interprete traduzí-la e vice-versa. Dizendo por minha própria experiência, nunca entendi tão claramente o que se pode chamar de comunicação telepática, pois absolutamente tudo o que ela falava em inglês era como se ela estivesse falando em um perfeito Português, sem escapar-me nada.

Falarei sobre minha sensibilidade metafísica em outro momento, mas o fato é que quando estamos próximos de pessoas "santas", a troca energética é tal que conseguimos beber de uma fonte pura e renovar nosso estado de espírito e até mesmo nossas células. Por tudo isso e mais um pouco resolvi conhecer mais do budismo e "tomar o refúgio" no Sábado seguinte, numa cerimônia simples mas muito simbólica, onde oferecemos um alimento para a confraternização, parte de nosso cabelo é cortado e somos presenteados por um nome espiritual em tibetano com duas palavras, os quais servem - como todo nome espiritual - para desapegarmos mais de nosso nome comum e conseqüentemente de nosso apegadíssimo ego.

Para evitar minha vaidade leonina habitual, que tanto combato, evitarei dizer aqui o significado do meu nome, Künzang Yeshe, mas fato foi que um colega mais antigo na tradição chegou a mim e disse em tom desconcertante que o nome que recebi era muito bom e importante e que pena ele não tinha um igual. Engraçado é que o nome tem o objetivo justamente de não ser importante e aí vemos o revés que pode ser isso. Aliás não são poucas as pessoas que recebem nomes espirituais em diverass tradições e o usam mais do que o seu próprio como marketing pessoal associando a ele certa atmosfera de misticismo, paranormalidade e certas importâncias. Enfim, o objetivo de largar mão do nosso personagem principal acaba como um tiro saindo pela culatra e criamos um novo personagem mais pomposo e "espiritualizado". Não faltam os que se orgulham de seus nomes (que essencialmente são genéricos).

Foi assim que resolvi criar eu mesmo um nome espiritual para mim, dentro de uma tradição espiritualista que vou fundar e convidar a todos os "bons" para me seguirem. Algo mais dentro de nossa realidade e simplicidade, sem pomposidade: Chamar-me-ei de "Zé".

Um nome espiritual curto e que poucos são os que gostam. Na minha escola espiritualista todos chamar-se-ão Zé. Homens e mulheres, mestres e discípulos. Talvez Zé ', Zé ", etc. como a matemática faz, mas essencialmente todos serão apenas Zés.

É isso. Aguardem o chamado!
Abraço do Zé.

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Blogger obriga usuário a aceitar a hóstia da Igreja Google

Putz...
O Blogger me forçou a migrar para uma conta Google, e não me deu nenhuma alternativa de não fazê-lo. Da outra vez perdi meu antigo blog e não consegui mais logar nele. Vamos ver no que dá agora. Pode ser minha última postagem. ;-)

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sexta-feira, fevereiro 23, 2007

E a vida continua...

Prezados leitores,

Eis que volto a postar alguma coisa nesse blog que passou mais de um mês sem movimento. Na realidade minha viagem para SP durou pouco mais que uma semana. Foi a trabalho, deu até para aproveitar bem, mas ocorreu em momento delicado de minha vida particular, afinal viajei sabendo que meu casamento estava por um fio e na volta isso foi efetivado. Precisei (preciso) de um pouco de tempo para colocar a vida em ordem e creio já poder recomeçar a postar minhas abobrinhas por aqui novamente. Relevem se forem um pouco melodramáticas no começo... Mas creio ter direito, não? :-)

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