terça-feira, dezembro 19, 2006

Boicote ao Natal consumista

Natal sem compras,
sem presentes e sem culpa.

Me filiei a este movimento proposto pela minha cartunista predileta e correspondente virtual Nina Paley. Quem estiver esperando presentes de Natal, já sabe que eu não entro nessa "obrigação" do nosso sistemazinha corrompido, cujos sentimentos e valores que damos as pessoas são mensurados por essa compulsão natalina de compras. Na realidade já não o fazia, mas agora levanto a bandeira.

Não tem sentido essa loucura. Primeiro por que é burrice (ou masoquismo) entrar num fervor de compras com shoppings lotados e barulhentos. Segundo porque presente bom é aquele que a gente dá sem data específica, pelo simples prazer de dar e não para aliviar a nossa consciência. E finalmente porque até mesmo a data, minha gente, não é aniversário daquele velho gordo que fala Ho-ho-ho e que se veste de vermelho (e diga-se de passagem originalmente vestia-se de verde mas a Coca-Cola fez um bom trabalho de marketing e lavagem cerebral) e sim o aniversário de um líder religioso denominado por Jesus e que eu prefiro chamá-lo de um grande mestre, uma vez que o caráter divino foi imposto pelo Concílio de Nicéia 300 anos depois da sua morte.

Fato é que essa data (25/12) é o solstício de inverno (no hemisfério norte), conhecido como o "nascimento do Sol" e é justamente por esse motivo que a data é atribuída ao nascimento dos deuses solares. Por isso que nessa data é dito que nasceu Jesus, Buda, Krishna, Mitra, entre outros. Ou seja uma data de comemoração pagã aos deuses solares e que foi abafada pelo cristianismo institucionalizado (leia-se Igreja Apostólica Romana). É a época em que sol está mais distante da terra, momento onde as influências energéticas são mais propícias à introspecção e análise da própria vida. Hoje infelizmente abafado pela fartura de comida, bebida e barulho, onde a última coisa a ser focada é autoconhecimento e revisão pessoal.

Fora isso, no plano estético, uma decoração vermelha e verde típica das paisagens européis (frutos vermelhos e o verde forte das árvores de lá) juntamente com outros acessórios (pirulitos em forma de bengala listrados, lareiras, esquilos, etc.) que não fazem parte da nossas cultura, fauna e flora brasileira. Aliás acho absurdo decorar os pinheiros com simulações de neve, mas vá entender. ("Esses romanos são uns loucos!" diria Asterix). Se fôssemos seguir em frente nesse falta de bom-senso natalino por aqui, que pelo menos atribuíssemos uma árvore brasileira que melhor representasse nossa cultura. Vou pensar em alguma coisa e sugerir este outro manifesto.

É isso. Se virem um senhor baixinho barrigudo e barbudo vestido de vermelho com um saco cheio de presentes (e que não seja o nosso presidente da república) dêem um chute no saco dele por mim (não no de brinquedos!). Mas se quiserem dar no do presidente também fica por conta de vocês.

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1 Comments:

At 7:16 AM, Blogger Tudo said...

Eulálio!!!!!
Estava hoje pela manhã pensando em escrever algo no meu blog que enfocasse justamente essa questão.
Nossa, eu sempre pensei a mesma coisa desde que me entendo por gente.

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
:D :D :D (vou tentar seguir os conselhos sobre os chutes, rs)

Mas falando sério, sinto tudo isto muito forte em mim, acho um absurdo no que se transformou uma data, que como vc mesmo disse, tem um siginificado muito profundo. E como todas as outras comemorações transforma-se num motivo a mais para se entregar-se vorazmente ao consumo.

Apoiado, estou nessa também!!!!!

:-)
beijos

 

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