domingo, junho 22, 2008

Um breve momento da Eternidade




...E eis que um dia Ele precisou partir e seguir viagem pelos vales do descobrimento de si mesmo. Partiu enquanto Ela ainda adormecia. Antes, porém, tocou-lhe o coração e ajustou o seu ao dela, como dois relógios, na esperança de que o Universo lhe permitisse conservar consigo em memória a música celeste que seus corações vibravam em consonância.

Partiu. E em tantos anos executou aquela música em seu coração, dia e noite, mantendo o mesmo andamento e clareza do som, como aquele que mantém um archote aceso mesmo numa tempestade.

E um dia se reencontraram "por coincidência". Ele ouviu a música dela novamente e pôde perceber que estava tocando exatamente a mesma nota, no mesmo tempo, no mesmo compasso, naquele breve momento da Eternidade, como se nunca tivesse partido...




(as imagens são de Gustav Klimt)

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1 Comments:

At 3:32 AM, Anonymous Anônimo said...

Te amo muito meu lindo!

 

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